segunda-feira, 12 de maio de 2014

Filme: A Vida em Preto e Branco


O filme nos mostra através de David e sua irmã Jennifer a realidade de “Pleasantville”, um seriado em preto e branco dos anos 50 onde tudo era muito agradável. Os irmãos entraram para este seriado a partir de uma briga pela posse do controle-remoto, até o mesmo estragar. Neste momento um estranho técnico de televisão vai até a casa deles passando um novo controle; quando eles apertam este novo controle são levados magicamente para dentro de Pleasantville e lá se tornam Bud (David) e Mary-Sue (Jennifer) - dois personagens da série.    
 
David já conhecia o seriado, por isso não achou muito estranho como a sua irmã naquele lugar, onde todos viviam em plena felicidade, mas não tinha sexo, ninguém nunca precisava ir ao banheiro, as páginas dos livros não tinha nada escrito, ninguém tinha noção do que era chuva (quando apareceu ficaram horrorizados), nada tinha cor (tudo em preto e branco) e ainda, bombeiros serviam para apanhar gatos nas ruas, fogo não era conhecido. Uma realidade diferente para os irmãos. 

  Os irmãos tentavam fazer algo diferente daquele contexto (próximo ao mundo fora do seriado em que viviam), mas não conseguiam. Assim, David tentava seguir ao máximo o costume daquela gente, mesmo sendo difícil. Já sua irmã inicia uma verdadeira revolução na pacata cidade. Daí para frente os habitantes começam a perceber que a vida tem outras possibilidades e com as ações dos atrapalhados irmãos vai aparecendo estranhos eventos na cidade em que um vai conduzindo a outros, como o aparecimento de uma rosa vermelha, que contribuiu para o aparecimento de novas cores e com isso novos costumes e regras foram sendo “ofertados” para esta cidade.


Contudo, com cada transformação os habitantes foram descobrindo uma nova forma de viver. Um mundo colorido. Isso foi o suficiente para começar a se instalar um grande conflito na cidade entre aqueles que estavam disponíveis a se adaptarem às mudanças e aqueles que eram conservadoras e tentavam impedir tais transformações.
 
 O filme, através desta metáfora de uma cidade pacata e a chegada do novo e do diferente levado pelos irmãos, nos mostra uma grande realidade vivida por todos nós, seres humanos, que é a dificuldade/medo de encarar as mudanças e como muitos de nós preferimos ficar com aquilo que é familiar, pois é o que conhecemos. É mais fácil criticar/rejeitar o estranho do que conhece-lo, mas o que não sabemos é que “ a entrada do novo é a única coisa capaz de transformar você, não há outro meio de transformação. Se você deixar que o novo entre, você nunca mais será o mesmo”( Curso Zélia Nascimento). No novo temos possibilidades. Tente compreender o surgimento do novo. O velho é repetitivo, chato, monótono.Texto: Camila Lobato
           


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