quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Comentário sobre o Filme: A Menina que Roubava Livros
A Menina que Roubava Livros, filme recém-estreado
repleto de conteúdos históricos e de vida. Um conteúdo em especial me chamou
atenção: o das relações que se configuram ao longo da trama.
Liesiel, uma menina marcada pela
opressão de uma época, inicia sua trajetória de vida com o luto pela morte do
irmão. Uma experiência em que o vazio se configura em suas formas mais dolorosas,
além disso, vive a ruptura de vínculo com sua mãe. Inicialmente a pequena
garota vivencia duas perdas! Logo, a metáfora do livro aparece marcando o poder
das ressignificações das relações humanas, um relacionar que transcende ao
corpo físico e é o livro a marca
familiar ao longo de sua história.
O livro configura o vínculo em sua vida,
uma metáfora que diz da troca, do doar-se, da presença em suas diversas formas.
Eles lhe proporcionam releituras a momentos de terror e confortam corações nas
horas incertas.
Várias são as
cenas em que esta jovem garota pega seu livro e amplia contextos que para
muitos seriam impossíveis ressignifica-los.
Uma postura, uma
possibilidade de ser operante e ativa mesmo em contingências aversivas.
Vínculos que ela
constrói através da troca de histórias, tanto por meio das leituras quanto pelas
pessoas as quais se relacionam.
Uma
disponibilidade para aprender com o outro, sair de si. Podemos pensar que
naquele momento estar só não lhe ajudaria a avançar, e ficaria fadada a dor do
abandono.
O filme nos
mostra que Liesiel não esquece sua
dor, mais segue em frente traçando o caminho que lhe é possível. Sem
desconsiderar os aprendizados que a vida lhe proporcionou, vai além, sendo
autora de sua própria história.
Nádila Walter da Silva
CRP 04/33720
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