quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

NAS - Núcleo de Atendimento Sistêmico

O NAS nasceu da união de um grupo de psicólogos com formação em Terapia Familiar Sistêmica e que atuam em BH e grande BH. O trabalho é feito no consultório particular de cada profissional e é coordenado pela psicóloga Fernanda Seabra (crp 04/18317).


Objetivo: oferecer à comunidade um trabalho terapêutico com custo acessível e de qualidade dentro dos princípios da Terapia Sistêmica.


O que é a Terapia Sistêmica?


É uma proposta de trabalho onde o ser humano pode de ampliar sua consciência e obter um melhor entendimento da sua forma de ser, agir, suas escolhas e dificuldades. Como conseqüência desse processo poderá desenvolver novos comportamentos e atitudes, dando um novo sentido a sua história. 
A Terapia Sistêmica entende que todo indivíduo é parte de uma família, que ela é a matriz de sua identificação e que todas as partes se interagem. E são essas interações que serão avaliadas durante o processo.


Atendimento: O trabalho terapêutico tem seu início a partir do primeiro contato telefônico onde serão levantadas algumas informações sobre o motivo da consulta e o terapeuta irá definir nesse momento se as sessões serão individuais, de casal ou de família.


A Terapia Sistêmica está indicada para:


• Pessoas com problemas de relacionamento (pais e filhos, casais, trabalho, etc.)
• Crianças e adolescentes com dificuldades escolares e pessoais (ansiedade, agressividade, TDAH e outras)
• Momentos de crise ou momentos específicos como: perda, separação, doenças crônicas, etc.
• Depressão, síndrome do pânico, fobias etc.
• Pessoas com problemas relacionados ao uso e abuso de álcool e drogas.


Informações: (31) 2516-1648 – falar com Fernanda.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Portas

Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala. 
Você pode não entrar e ficar observando a vida.
Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se !
Mas, também, tem um preço... São inúmeras outras portas que você descobre. Às vezes curte-se mil e uma. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. 
A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. 
Não existe a segurança do acerto eterno.
A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. 
Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida... Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!
Içami Tiba

Desejamos a todos Um Feliz Ano Novo...que todos tenham muitas portas para serem abertas pela frente e que em 2012 possam escolher quais portas vão abrir. Mas lembrem-se as portas são passagens, são permeadas por limites e potencialidades e tudo isso nos traz enriquecimentos...não vamos vê, apenas, obstáculos e ficar ruminando as dificuldades...vivemos de dores e alegrias; isso é viver, é o pulsar da vida...sem estagnação...quando não abrimos portas não vemos nem um lado e nem o outro, nem o bom e nem o ruim; isso é inércia. Por isso arrisquem em 2012, nas dificuldades terão facilidades e nas facilidades dificuldades; nas dores delicias e nas delicias dores!!!


Um abraço a todos
NASS  - Núcleo de Atendimento Social Sistêmico

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amor e perseguição

“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”.
Norman Mailer. Copiem. Decorem. Aprendam.
Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor em bares, buscamos o amor na interner, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir o seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor
constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade.
Amor não é medicamento. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproximará,e, caso o faça vai frustrar suas expectativas, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza,ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu”. Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.
“As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas”.
Normal Mailer. Divulguem. Repitam. Convençam-se.
O amor, ao contrário do que se pensa, não tem que vir antes de tudo: antes de estabilizar a carreira profissional, antes de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir do seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir diante de você sem máscaras e sem fantasia.
É esta a condição. É pegar ou largar.
Para quem acha que isso é chantagem, arrisco sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável e não é tarefa tão complicada. Felizes aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa.
                                                                                                      Martha Medeiros

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A nossa história com a nossa família

Desde quando nascemos somos pertencentes a grupos, o primeiro desses é a nossa família. O que não sabemos ou negamos saber é a influência de nossa família na nossa formação enquanto indivíduo, na nossa individualidade.

Acreditamos o tempo todo na nossa originalidade, insistimos, algumas vezes, em afirmar o quanto somos diferentes de nossos pais e da forma de funcionamento da nossa estrutura familiar. Um grande paradoxo, porque quanto mais insistimos nisso mais presos estamos a nossa família.

Muitas coisas que vivemos são repetições do que acontece na nossa família, repetição da nossa história familiar. Estamos presos as regras, crenças, leis e costumes da nossa família.

Não é muito fácil sermos tão diferentes e originais do grupo que pertencemos, mas voltar às nossas raízes, conhecer as histórias das nossas famílias, acreditar no nosso potencial de pertencer e ser influenciado vai fazendo com que aumente nossa consciência sobre esta história e só assim poderemos ser mais diferentes e originais.

Então para individuar e traçar nosso próprio destino precisamos pertencer e saber da importância deste pertencimento.  Este é o foco de trabalho do psicoterapeuta sistêmico. Junto do cliente irão avaliar sua história e sua herança transgeracional. Assim quando o cliente ampliar sua consciência e entender um pouco sobre sua história e as suas relações poderá perceber melhor seu jeito de ser, agir, pensar, comportar e fazer suas escolhas. Com a consciência ampliada o próximo passo são as mudanças necessárias para uma vida mais saudável e funcional.

Fonte:
Texto Tributo Familiar de Jaqueline Cássia de Oliveira

Texto escrito por: Camila Ribeiro Lobato
                                                

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pequeno guia para a convivência com casais

Quando a gente se casa, descobre que cada parte do casal perde a certidão de nascimento e recebe UMA certidão de casamento. Tornar-se uno à força, via cartório, é assustador, mas vira brinquedo de criança perto do tratamento recebido dos conhecidos e nem tão conhecidos assim. O problema é que as pessoas ainda não conseguem ver um casal como pessoas distintas, com interesses, amigos e personalidades diferentes, tratando as mulheres como dependentes ou inferiores, e muitas vezes o “agressor” não entende o porquê da ofensa. Como já passei muita raiva com esse assunto, seguem algumas sugestões para evitar problemas na convivência com casais:

O casal é formado por duas pessoas com os mesmos direitos
Se sabe que determinado assunto é de interesse da Fulana, conte diretamente a ela, e não fique esperando que Beltrano seja seu moleque de recados. Ela não vai pensar que você tem segundas intenções só por causa disso.
Não presuma que o convite da festa pode ser feito apenas para Beltrano, e que ele se encarrega de arrastar Fulana pro evento. Ao fazer isso, você diz: “se Beltrano vai, é lógico que ele vai levar Fulana, pois eles são um casal e só podem ir junto às festas”. Raciocínio ridículo é o mínimo a se dizer sobre isso, pois transforma Fulana em apêndice do Beltrano.
Lembre-se que, no convite escrito, é bom convidar expressamente Fulana e Beltrano. Nada de senhora, afinal ambos têm nomes é pra serem usados, e o senhora pode ser confundido com “senhora sua mãe”. Se citar apenas um dos nomes, pode criar a péssima dúvida: “será que o convite é pro casal ou apenas pra mim?”

Casais têm mais coisas pra fazer do que só falar de assuntos profissionais
Por incrível que pareça, muita gente não entende isso e jura que Fulana virou PHD na área profissional do Beltrano só porque começaram a namorar na semana passada. Ou atribuem as habilidades profissionais de Fulana exclusivamente à convivência com Beltrano. Curiosamente, o contrário não ocorre… ninguém fala que Beltrano virou especialista nas habilidades profissionais da Fulana, sejam elas direito, computação, medicina, mecânica, tricô, psicologia ou gastronomia.

Uma parte do casal não é clone da outra
Casais podem até ser parecidos e ter objetivos em comum, mas não necessariamente têm as mesmas opiniões, e isso não é uma aberração nem o fim do mundo. Portanto, guarde a cara de “oh, é muita audácia ela discordar de você”, as piadinhas do voto de cabresto, e o incentivo à violência doméstica (“ela discorda de você e vai ficar por isso mesmo?”) para o seu espelho.

Cada parte do casal pode ir sozinha a festas sem que isso signifique crise ou fim do relacionamento
Simples assim: seja qual for o motivo, a menos que digam claramente que estão separados, não fantasie sobre a ausência do cônjuge. Casamento não significa vigilância nem dependência perpétua.

Para compromissos profissionais, um casal não deve ser tratado como casal
Mesmo que trabalhem na mesma área, ou áreas parecidas, ou no mesmo local, devem ser tratados como qualquer outro colega solteiro. Nada pior do que o chefe conversar com Beltrano sobre a situação da Fulana ANTES de falar com ela, sendo que Beltrano NADA tem a ver com o assunto.
O fato de serem um casal não significa que devem ter os mesmos horários e freqüentar os mesmos locais, a menos que AMBOS peçam isso.
Nunca, mas nunca mesmo, pergunte a Fulana se Beltrano vai se opor a ela trabalhar em local distante, ou se Beltrano irá buscá-la no trabalho. Os problemas de deslocamento de Fulana são apenas dela, e ela que se vire pra resolvê-los. Beltrano é marido; não é pai, nem motorista nem babá. Se fosse uma mulher solteira, ou um homem, você perguntaria uma coisa dessas?

Casamento não significa troca de pai e mãe
Ao se casar, Beltrano não se torna pai de Fulana, nem Fulana se torna mãe de Beltrano. Não se dirija a nenhum deles reclamando de algo de errado, diferente, preocupante ou exótico que a outra parte fez, esperando um corretivo para a situação. Pessoas casadas são, teoricamente, adultas, e devem resolver seus problemas sozinhas. Transferir a situação para o cônjuge, como se fosse função dele resolver o problema que a “criança” causou, implica em presumir que a outra parte é incapaz de resolver seus problemas sozinha. Na melhor das hipóteses, você está ofendendo a pessoa; na pior, perdeu o respeito do casal.

Casamento não significa que uma parte sabe tudo sobre a outra parte
Cônjuge não é agenda, nem espelho da verdade, nem tem bola de cristal. A menos que se viva apenas pra isso, é impossível saber de cor todos os horários e compromissos da outra parte. E, se a pessoa não está do seu lado, como saber onde ela está ou o que ela está fazendo?
Não estimule nem brinque com ciúmes, desconfiança ou controle entre casais. Se fizer isso, estará contribuindo para um mundo onde as pessoas vivem estressadas porque desconfiam até da própria sombra, além de serem propriedade do cônjuge. O resultado mais óbvio dessa postura chama-se violência doméstica, tanto física quanto psicológica.


Autora: Cynthia Semíramis

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TERAPIA DO ELOGIO

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma
recente pesquisa onde se nota que os membros das famílias brasileiras
estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não se valoriza
mais as qualidades, só se ouve críticas. As pessoas estão cada vez
mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros.
Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média
e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou
vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus
subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos que
fazem elogios.

Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que
usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são
pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto e sempre se
apresentar bem.

Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de
diálogo nos lares, o excesso de orgulho, impedem que as pessoas digam
o que sentem, levando assim essa carência para dentro dos
consultórios médicos. Acabam com seu casamento porque procuram em
outras pessoas o que não conseguem em casa.

Vamos valorizar nossas famílias, amigos, alunos, mestres,
subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a
ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, a
sinceridade, a lealdade, a confiança, o comportamento de nossos
filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de
ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a
boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a
mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim, nós todos vivemos
numa sociedade em que um precisa do outro, em que é impossível viver
sozinho, e os elogios são a motivação da nossa vida.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje, elogiando-as de alguma forma

Arthur Nogueira

terça-feira, 20 de setembro de 2011


                            Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

                                                                                 Martha Medeiros

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Novidade!!! NASS agora em Oliveira-MG

Aproveito o dia de hoje que a cidade de Oliveira -MG completa seus 150 anos com uma
história linda recheada de crescimento e com uma grande perspectiva de maiores
construções para falar do NASS. 

O NASS - Núcleo de Atendimento Social Sistêmico agora esta na cidade de Oliveira. Um trabalho que começou em Belo Horizonte coordenado pela Psicoterapeuta Sistêmica Fernanda Seabra esta crescendo e chegando em Oliveira através da Psicoterapeuta Sistêmica Camila Lobato.

O objetivo é oferecer Atendimento Psicológico de qualidade e divulgar a visão sistêmica
como uma nova forma de trabalho e compreensão do ser humano enquanto
um ser de relações.

Para maiores informações em Oliveira falar com Camila Lobato pelo telefone: 37 9952 4939.
Agora visitem nosso blog e Fiquem a Vontade!!!

sábado, 3 de setembro de 2011

Quem Morre?


                               Martha Medeiros

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo
Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.
Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje ! Arrisque hoje ! Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Casamento e Conjugalidade


Há quem diga que a instituição casamento está caindo em desuso, pois é cada vez mais comum as pessoas casarem e logo após um curto período de convívio, divorciarem-se.
Atualmente, o que se pode observar é que os cônjuges projetam entre si a expectativa de felicidade e completude, e delegam ao parceiro o anseio de suprir seus desejos e necessidades de amor, união, respeito, formação de uma família, entre outros. Há uma idealização da relação. Ocorre que muitos casais separam-se logo no início do casamento, pois não conseguem acostumar-se à nova fase, seja por não conseguirem desligar-se da sua família de origem ou por não conseguirem se identificar e se adaptar ao novo contexto a que foram submetidos. Isso acontece na maioria das vezes, como ressalta Carter e McGoldrick (1995), pelo alto grau de desilusão e desapontamento mútuo que corresponde ao grau de idealização do relacionamento no namoro.
É importante ressaltar que quando as pessoas se unem, levam para a convivência suas crenças, valores e mitos oriundos de sua família de origem, os quais encontram-se arraigados na sua forma de ver e conviver com o mundo. O casamento é, portanto, um processo de ajuste, pois são duas pessoas de mundos diferentes, num encontro singular, para, a partir dos valores e crenças que lhes foram passados, produzir seus próprios significados ou re-significar o que lhes foi passado.
É comum ouvir nos dias de hoje pessoas afirmando que se sentem casadas embora não sejam legalmente casadas. Há uma valorização do viver junto, independente da legalização. O que as pessoas chamam de sentir-se casadas é a vivência da conjugalidade, a experiência de “con-viver” ou, simplesmente, viver com alguém, compartilhando a experiência de uma vida a dois. Para Terezinha Féres-Carneiro (1998), pós-doutora em Psicoterapia de Família e Casal e autora contemporânea reconhecida por seus trabalhos sobre família, conjugalidade e casais, conjugalidade significa a construção de uma identidade conjugal comum ao casal, a partir das significações particulares de seus mundos individuais. A autora busca em Phillippe Caillé a lógica do casamento contemporâneo, como sendo um mais um é igual a três, na medida em que são dois indivíduos, duas interações com o mundo, duas histórias de vida e duas fontes de desejos que, ao viverem juntos, convivem com uma conjugalidade, um desejo conjunto, um projeto de vida conjunto para formarem uma história de vida conjugal. Conjugalidade pode ser definido como tudo que for vivenciado entre o casal, independente de estarem legalmente casados ou não.
Pensando a construção da conjugalidade, Anton (2000, p.193) afirma que “a experiência do Nós pode ser fascinante e enriquecedora, desde que não signifique perda de fronteiras ou sacrifício à individualidade, ou desde que ‘entrar em relação’ permita ‘guardar distância’, ou seja, respeitar e cultivar a individualidade.” Esse é o grande dilema da vivência conjugal: viver com o outro possibilitando espaço suficiente para viver sem o outro.
     Seja pela construção da conjugalidade ou pela vivência do casamento institucionalizado, as pessoas buscam através de suas uniões conjugais a possibilidade de construção de laços afetivos atrelada à idéia de construção de família.



Autora: Fernanda Baldi
Psicoterapeuta de Família e Casal



Fontes:

ANTON, Iara Camaratta. A escolha do cônjuge: um entendimento sistêmico e
psicodinâmico. Porto Alegre: Artmed, 2000.

CARTER, Betty; MCGOLDRICK, Monica. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

FÉRES-CARNEIRO, Terezinha. Casamento contemporâneo: o difícil convívio da individualidade com a conjugalidade. Psicologia: Reflexão e Crítica, São Paulo, v.11, n. 2, p. 379-394, 1998.


domingo, 14 de agosto de 2011

Atitudes que favorecem o sucesso dos filhos


1. Fale sempre bem da escola para criar em seu filho uma expectativa positiva em relação aos estudos.
2. Abrace-o e deseje coisas boas a ele quando estiver de saída para a aula.
3. Na volta, procure saber como foi o dia dele, o que aprendeu e como se relacionou com todos.

4. Conheça o professor e converse com ele sobre a criança e o trabalho dela na escola.
5. Em caso de notas baixas, não espere ser chamado: vá à escola para saber o que está acontecendo.
6. Mantenha uma relação de respeito, carinho e consideração com todos os professores.
7. Resolva diretamente os problemas entre você, seu filho e o professor e só recorra a outros em último caso.
8. Crie o hábito de observar os materiais escolares e ajude nas lições de casa.
9. Quando seu filho estiver com problemas, compartilhe-os com a escola sem omitir fatos nem julgar atitudes.
10. Comente com amigos e parentes os êxitos escolares dele, por menores que sejam, para reforçar a auto-estima e a autoconfiança.

*adaptado da cartilha elaborada por Antonio Carlos Gomes da Costa e Odelis Basile para a EE Rodrigues Alves, em São Paulo
Psicoterapeuta Sistêmica: Daniela Morais Araújo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O SINTOMA SOB UM OLHAR SISTÊMICO



                                                                                                                              
Historicamente houve a busca em definir o conceito de doença mental, sendo muitas vezes, reduzido à doença cerebral ou a outros distúrbios orgânicos, o que rotulou e estigmatizou o doente mental por muito tempo, chegando, até, a segregações. A visão sistêmica sobre o adoecimento/sintoma é diferente, porque procura ver o “doente” de maneira global, inserido em sistemas e sub-sistemas, incluindo-o na família e na sociedade, afetando e sendo afetado por estas todo o tempo. O sintoma vem como uma metáfora para dizer que algo não esta indo bem naquele contexto, não apenas, com aquele individuo.

Nesta forma de abordar é importante destacar o jogo paradoxo e contraparadoxo, em que o comportamento do paciente designado é um pedido de socorro por uma mudança no sistema, ou seja, este membro familiar sintomático é como um “denunciador” de alguma disfunção no sistema familiar. Assim, este membro sintomático terá a função "nobre" de ser o depositário do mal estar desta família, podendo ser um denunciador de um segredo familiar, que não foi elaborado. Ele poderá funcionar como um dependente (financeiro, emocional, físico e outros) com muitas dificuldades de crescer e individualizar ou com sintomas mais sérios como uso de drogas, bebidas, ou chegando as mais graves psicopatologias como a psicose.

O paciente designado é rotulado como “doente” e é assim que será sua relação com a família, uma relação cristalizada, em que este passa a ser o chato da família e o único responsável pelo seu problema, desta forma, é muito comum, alguns membros familiares interferirem no tratamento que esta dando certo, como uma forma de sabotar, pois é como se toda a família estivesse dependendo da condição de doente deste membro para a sobrevivência deste sistema.
De acordo com Palazzoli (1988), é como se “aos poucos, os arcos individuais começassem a ligar-se numa única grande espiral cujo perfil ia surgindo: o processo interativo que dá origem à psicose” (p. 198), e com isso a intervenção, a partir de uma abordagem sistêmica, esta em modificar a forma de organização familiar, em que o terapeuta contribua para que a relação entre os membros seja circular e o foco da doença recaia sobre toda a família e não apenas sobre uma pessoa.

Existem várias causas que contribuem para a formação de um membro sintomático:
-  famílias com uma pobre comunicação;
- baixo nível de humanização em que não fazem trocas afetivas humanizadas (aqui percebe- se a dificuldade de aceitação de falhas, dificuldades e limites entre os membros);
- famílias com fronteiras muito rígidas;
- famílias aglutinada;
- famílias que tem membros especializados em comunicação de duplo vínculo ou, conhecida também, como comunicação enlouquecedora; e outras mais

 Como já colocado por Minuchin, para uma boa intervenção é preciso ver a mente como intra e extra cerebral, proporcionando um comprometimento familiar e social para levar à mudança em todo o sistema. Além disso, é preciso conhecer e valorizar cada membro na sua maneira de ser e agir na família e na sociedade, realçando as suas potencialidades e respeitando os seus limites.

Texto: Camila Ribeiro Lobato
          Psicoterapeuta Sistêmica

 Fontes:
- Curso de Pensamento e Prática Sistêmica      _ Jaqueline Cássia de Oliveira
-  Os jogos psicóticos na família       _ M Selvini Palazzoli
- Artigo:  Família e psicose: reflexões psicanalíticas e sistêmicas acerca das crises psíquicas graves;