terça-feira, 14 de outubro de 2014

Por que eu coloco meu marido antes de nossos filhos - Stephanie Jankowski


Antes de ter meus próprios bebês, eu imaginava o tipo de mãe que gostaria de ser: um pouco de Carol Brady pela paciência, um toque da Claire de "Modern Family" pelo senso de humor e uma pitada da Peg de "Married with Children" pelos bombons. E tinha plena consciência de que jamais poderia ser June Cleaver; simplesmente não está no meu DNA fazer jantar a partir do zero todas as noites, e não tenho um colar de pérolas.

Quando meu marido e eu recebemos o "Bebê Número 1 em 2009", eu imediatamente estabeleci expectativas realistas para mim mesma como mãe e para nós como casal, porque de que adianta ter objetivos se eles não são alcançáveis? Eu obviamente queria ser a melhor mãe possível, mas não queria mergulhar tão completamente em meus filhos que ficasse distante de meu marido. Ou de mim mesma. Foi enquanto lutava para encontrar um equilíbrio entre meus desejos e minha realidade que fiquei cara a cara com as expectativas predeterminadas que a sociedade, especialmente outras mães, haviam definido para mim. Desafiar ideias insossas de quem as mães devem ser foi o tema de um artigo escrito por Amber Doty intitulado "Colocando seu marido em primeiro lugar". Nesse texto, Doty afirma ousadamente que seu marido é sua prioridade número 1:

"Embora eu compreenda... a possível impermanência do casamento em comparação com o elo indissolúvel entre mãe e filho, vejo meu investimento em meu relacionamento com meu esposo como algo que é benéfico para nossa família como um todo. Priorizar as necessidades de meu marido diminui a probabilidade de divórcio e aumenta as chances de que nossos filhos permaneçam em um lar com pai e mãe." Quando leio esse trecho, balanço a cabeça em solidariedade. Ser pai ou mãe é difícil, e eu honestamente não quero fazer tudo sozinha. Lembrei-me das vezes em que coloquei as necessidades de meu marido antes das de nossos filhos e -- você está sentada? -- dos dias, embora raros, em que coloquei minhas próprias necessidades antes deles todos.

 Não há dúvida de que jantar com amigos e sair à noite com meu marido ajudam a acalmar os mares turbulentos da criação de filhos. A explicação da autora -- com a qual concordo -- é que ela e seu marido são um time, e os times vencedores treinam juntos e exercitam a comunicação aberta. Certamente, a última nem sempre é fácil de alcançar com filhos constantemente interrompendo a conversa (e os momentos sensuais), por isso os instantes roubados longe dos pequenos são cruciais.

 Desculpem-me, crianças, mas às vezes mamãe prefere ficar abraçada com papai no sofá em vez de jogar Candy Land pela enésima vez. Isso nos torna mães ruins? Sim. Pelo menos segundo os comentários venenosos deixados por várias leitoras anônimas (chocante!). Muitas ficaram perturbadas com a ideia de que uma mãe "ignore de maneira egoísta seus filhos" ao "atender a seu marido". Outras simplesmente não podiam compreender por que uma mulher tem filhos se não vai fazer deles seu foco absoluto.

 Deixem-me esclarecer: se nossos filhos forem nosso único motivo para existir, eles crescerão autocentrados, moleques malcriados que não sabem doar ou compartilhar seu tempo ou suas coisas. Já não temos pessoas como essas suficientes entre nós? Pedir a nossos filhos para esperar um pouco ou lhes dizer "não" não vai prejudicar sua autoestima nascente.  Demonstrar amor e apreço por seu pai não vai danificar suas psiques delicadas. Pelo contrário, na verdade. Ao dar prioridade a nossos maridos e às vezes a nós mesmas, estamos ensinando nossos filhos a respeitar os outros e a si mesmos.

Presenciar seus pais cuidarem das necessidades do outro de vez em quando pode estimular um pouco de paciência e compaixão. Não vejo por que isso é ser egoísta. Na verdade, para mim parece uma criação exemplar. Não estou dizendo pegue o próximo voo para Paris e tenha uma aula de culinária His & Her enquanto seu filho sobe no palco na formatura do colégio, mas enviar as crianças à casa da vovó por uma noite? Isso não a torna uma mãe ruim. 

Valorizar nossos esforços, amar nossos filhos e encontrar tempo para nós mesmas pode coexistir com um casamento saudável e uma família feliz. Ao construir qualquer coisa, é crucial ter uma base forte, e é por isso que continuo colocando a relação com meu marido antes de nossos filhos. Como pais, nosso objetivo para o futuro inclui filhos felizes e saudáveis que são independentes de nós, e talvez uma casa na praia. Como casal, esperamos evitar olhar em branco um para o outro sobre a mesa da cozinha, quase desconhecidos da pessoa com quem nos casamos há mais de 50 anos. E como mulher eu uso orgulhosamente os títulos de esposa e mãe, mas antes de me casar com as crianças eu era Stephanie, e me recuso a esquecer isso.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Qual a qualidade dos seus pensamentos?





Você já se deparou coma seguinte cena?
Caminhando na rua, você observa um pai (ou mãe), brincando com seu filho no parque ou praça. A criança, de mais ou menos 2 anos, se divertindo e soltando gostosas gargalhadas com as brincadeiras dos pais, ao estilo "vou te pegar" e a criança corre "fugindo" e sorrindo, se deliciando com aquela aventura. Existe alguma outra reação possível a quem vê uma cena como esta a não ser ficar feliz e gargalhar junto??

Esse é um simples exemplo de como os seus pensamentos e emoções são afetados por situações cotidianas e podem fazer a diferença não só na sua própria felicidade e satisfação, como também na de outras pessoas. O que você pensa, sente e como você se comporta tem influência direta sobre a sua felicidade e das pessoas ao seu redor.


Quem você quer ser?
Alguém que causa tensão, raiva e sofrimento aos membros da sua família e amigos, fazendo com que eles, por sua vez, se tornem pessoas ansiosas, compensando essas frustrações no que comem, nos seus hábitos ou mesmo descontando em outras pessoas? Ou quer ter o papel daquela criança que, com seu simples estado de alegria contagia todos ao seu redor e transmite alegria?

Ao longo do dia, o cérebro produz em torno de 60 mil pensamentos. Se você se prender a questões negativas, gastará bastante energia durante o dia, produzindo sofrimentos muitas vezes desnecessários. Se você sofre com tensão, ansiedade, nervosismo, insegurança ou qualquer outra condição que traz sofrimento a você e quem está a sua volta, isso pode estar relacionado a crenças criadas por episódios do seu passado que, quer você saiba ou não, 
interferem no seu comportamento hoje.

É como um ciclo destrutivo. Para sair disso, é preciso vontade e exercício em manter bons pensamentos, boas energias e boas vibrações. Não precisa ser nada muito elaborado, apenas busque em você aquela criança sorridente que você tem dentro de você! Com certeza, ela te ajudará a irradiar e contagiar alegrias e pensamentos melhores!


Fernanda Baldi
Psicóloga e Psicoterapeuta Sistêmica