terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sintoma Sexual na relação conjugal

As dificuldades e/ou sintomas sexuais não devem ser ignorados pelo casal. É claro que uma boa vida sexual não é a solução ou a garantia de que o casal viverá bem, mas poderá contribuir na solução e/ou evitar alguns problemas.

A sexualidade é um dos instrumentos dentro da relação, significa o contato físico mais intimo do casal, assim os distúrbios e/ou sintomas sexuais são conseqüências de distúrbios e dificuldades da relação, este conteúdo virá para mostrar o que esta acontecendo entre os parceiros e que, por não ter sido mostrado de forma clara, vem metaforicamente através desses sintomas sexuais. 

Muitos sentimentos que não são expressos no cotidiano vão para cama como sintoma.
Como colocado pela Psicoterapeuta Relacional Sistêmica Solange Rosset em seu livro, O casal nosso de cada dia, a falta de respeito pelas características do parceiro pode vim como falta de interesse sexual; a mágoa pela desqualificação que recebe do outro pode vim na forma de ejaculação precoce ou falta de prazer sexual.

Outra questão muito comum entre os parceiros é o ressentimento que acaba, também, se transformando em problemas sexuais.

O ressentimento pode aparecer naqueles casais que pouco conversam ou não negociam de forma clara, não falam de suas insatisfações ou sentimentos e não lidam ou não dão importância para as diferenças individuais de cada um, tudo isso vai sendo empurrado com a barriga ou como dizem por ai “ colocam-se panos quentes”. A conseqüência disso é o ressentimento que se torna desejo de vingança. Esse desejo de se vingar do parceiro, na maioria das vezes, é inconsciente e pode aparecer na forma de sintomas sexuais.

Assim é comum culpar o outro pelo fracasso sexual. Esquecem que num relacionamento tem 50% de cada um. Qual é a sua responsabilidade nisso? Essa é uma pergunta importante para cada um dos parceiros refletirem e, depois, juntos encontrarem alternativas de mudanças.

O sintoma sexual é uma alerta, um denunciador da relação; não deixem de prestar atenção. 

Texto: Camila Ribeiro Lobato

Nenhum comentário:

Postar um comentário